Introdução
A pergunta “Quem sou eu?” sempre acompanhou a humanidade. Muitos tentam achar identidade no trabalho, dinheiro, aparência ou opinião dos outros. Mas nada disso é firme, porque tudo pode mudar de repente.
A Bíblia mostra que a verdadeira identidade está em Jesus. Quando entregamos a vida a Ele, não recebemos só perdão, mas uma nova realidade. O passado não define mais quem somos e o futuro é cheio de esperança.
Paulo escreveu: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas.” (2Co 5:17, NAA). Em Cristo, recebemos uma nova identidade.
1. Nova criação — quando a vida recomeça
Paulo ensinou que quem está em Cristo é uma nova criação. Isso não é apenas “tentar ser melhor”, mas ser transformado.
Naquele tempo, a identidade estava ligada à origem: judeus se orgulhavam de ser descendentes de Abraão, e romanos da cidadania. Mas Paulo afirma que a verdadeira identidade vem da fé em Cristo.
Ser nova criação significa que o passado não nos prende mais. Pecado, culpa e vergonha não mandam mais em nós. A Bíblia diz: “Assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, também nós andemos em novidade de vida.” (Rm 6:4, NAA).
Exemplos bíblicos confirmam isso:
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Zaqueu, ladrão, mudou e se tornou generoso.
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Saulo, perseguidor, virou Paulo, pregador.
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A mulher samaritana, rejeitada, foi transformada em testemunha de Cristo.
Essas histórias mostram que ninguém está preso ao passado. Em Cristo, sempre existe recomeço. Essa nova vida nos leva a atitudes diferentes: perdoar, falar a verdade e viver com fé.
“Se alguém está em Cristo, é nova criação.” Essa verdade deve guiar nossa vida.
2. Adoção — de órfãos a filhos de Deus
Além de nos perdoar, Deus nos recebe como filhos. Paulo escreveu: “Em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo.” (Ef 1:5, NAA).
Na época do Império Romano, quem era adotado recebia novo nome, direitos e herança. A vida antiga ficava para trás. Paulo usa essa imagem para mostrar que, em Cristo, deixamos de ser órfãos e passamos a ser filhos amados.
Jesus nos ensinou a chamar Deus de Pai, até com a palavra “Abba”, que significa “paizinho”. Isso mostra proximidade e confiança. E Paulo confirma: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Rm 8:16, NAA).
A parábola do filho pródigo mostra isso bem. O filho voltou envergonhado, mas foi recebido com festa. Assim também Deus nos acolhe, nos dá valor e nos chama de Seus filhos.
Viver como filho traz segurança e paz. Mesmo que o mundo rejeite, já temos um Pai que nos ama e nos chama pelo nome.
3. Perdão e liberdade da condenação
Todos nós erramos e, muitas vezes, carregamos culpa. Mas em Cristo temos perdão completo. A Bíblia diz: “Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados.” (Ef 1:7, NAA). Redenção significa resgate: Jesus pagou nossa dívida na cruz.
Por isso Paulo afirma: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rm 8:1, NAA). Isso quer dizer que a sentença contra nós foi anulada.
Mesmo assim, o inimigo tenta nos acusar, trazendo à memória erros passados. Mas a Palavra garante: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar.” (1Jo 1:9, NAA).
Perdão significa liberdade. Não é viver sem erros, mas andar sem peso, sabendo que Deus já cuidou do nosso passado. Em Cristo, podemos seguir em paz e esperança.
4. Chamados para um propósito
Nossa nova identidade em Cristo não é só para receber perdão. Ela vem acompanhada de missão. A Bíblia diz: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2:10, NAA).
Isso significa que não estamos neste mundo por acaso. Deus preparou um caminho para cada um de nós, com dons e talentos que podem ser usados para o bem. Servir não é um peso, mas um privilégio.
Muitas vezes pensamos que propósito é algo grande demais, mas ele também aparece nas coisas simples: ajudar alguém, falar a verdade no trabalho, ouvir quem sofre. Tudo isso mostra Cristo através da nossa vida.
Quando vier o desânimo, lembramos: “Pois a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.” (2Co 4:17, NAA). Até as lutas fazem parte do plano de Deus.
5. Vivendo a identidade no dia a dia
A identidade em Cristo precisa aparecer na prática. Paulo escreveu: “E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2, NAA).
Renovar a mente significa deixar que a Palavra mude nossa forma de pensar. Isso afeta decisões, relacionamentos e até como lidamos com dificuldades.
Também é o Espírito Santo que nos ajuda. Paulo ensinou: “Andem pelo Espírito, e vocês jamais satisfarão os desejos da carne.” (Gl 5:16, NAA). Isso se mostra em atitudes simples: perdoar, ser honesto, cuidar dos outros.
E não fazemos isso sozinhos. A Bíblia lembra: “Não deixemos de nos reunir como igreja, segundo o costume de alguns; pelo contrário, encorajemo-nos uns aos outros.” (Hb 10:25, NAA). É na comunhão que somos fortalecidos.
6. Exemplo de transformação
A Bíblia mostra muitas histórias de pessoas que tiveram a vida mudada por Cristo. Esses exemplos nos ajudam a entender que nossa identidade não vem do passado, mas do que Deus faz em nós.
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Pedro negou Jesus três vezes, mas foi restaurado e se tornou líder da igreja.
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Paulo, perseguidor de cristãos, foi transformado em apóstolo e missionário.
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A mulher samaritana, rejeitada, se tornou anunciadora da boa nova em sua cidade.
Essas histórias provam que não há limite para a graça de Deus. Ele pega pessoas comuns, cheias de erros, e lhes dá um novo começo. Isso nos lembra que nossa identidade não é definida por falhas, mas pelo amor de Cristo.
7. Identidade firme em meio aos desafios
Viver em Cristo não significa ausência de lutas. Pelo contrário, os desafios continuam, mas agora enfrentamos com segurança, sabendo quem somos.
Jesus disse: “No mundo vocês passam por aflições; mas tenham coragem: eu venci o mundo.” (Jo 16:33, NAA). Isso mostra que as dificuldades não anulam nossa identidade, mas nos fortalecem.
Quando o medo ou a dúvida aparecem, lembramos que somos filhos de Deus. Paulo declarou: “Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Rm 8:37, NAA).
Nossa identidade em Cristo nos dá força para seguir, mesmo quando tudo parece difícil. Não vivemos mais como quem não tem rumo, mas como quem sabe que pertence a Deus e caminha com Ele até o fim.
8. A esperança da eternidade
Nossa identidade em Cristo não se limita a esta vida. Ela aponta para a eternidade com Deus. Paulo escreveu: “Pois a nossa cidadania está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Fp 3:20, NAA).
Isso significa que não vivemos apenas para o aqui e agora. Mesmo diante da dor, da perda ou da morte, temos uma esperança firme: um dia estaremos com o Senhor para sempre.
Essa certeza muda nossa forma de viver hoje. Em vez de desespero, caminhamos com confiança. Em vez de medo, temos paz, porque sabemos que nosso futuro já está seguro em Cristo.
Conclusão
A maior pergunta da vida encontra resposta em Jesus. Não somos definidos por erros, nem por conquistas, mas por aquilo que Deus diz a nosso respeito.
Em Cristo, somos nova criação, filhos amados, perdoados, chamados com propósito e sustentados pelo Espírito. Essa identidade nos dá força para enfrentar o presente e esperança para o futuro.
Como Paulo declarou: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” (Gl 2:20, NAA). Essa é a base da vida cristã.
